terça-feira, 25 de novembro de 2008

XXIV

As recordações que tenho de ti (de nós) atingem-me com todo o seu peso potenciado pela velocidade que se chegam à mente e a força com que as sinto derrubam-me o espírito.

As recordações atingem-me como um murro no estômago que não me deixa erguer, não me deixa respirar, não me deixa chorar. Deixam-me nesta náusea angustiante.

Se eu ao menos vertesse mais que uma lágrima solitária.

Se eu chorasse tudo, achas que lavaria a alma das nossas recordações?

XXIII

Dói-me para que não doa aos outros.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

XXII

Não sei o que me dói mais: se a ausência da tua presença se a presença da tua ausência.

XXI

Mudamente grito por ti, grito grito grito até me faltar a voz muda e cair num lamento.

Esta lágrima que se escoa face abaixo traça o caminho da dor e vai acabar por se perder dentro de mim.

Dóis-me. Matas-me e ninguém me deixa morrer.

XX

Sinto uma estranha fome insaciável.



Onde estás?