Quando era criança / jovem chamavam-me "bicho do mato". Eu gostava de ficar metido para mim mesmo, com as minhas coisas, as minhas leituras, os meus desenhos, as minhas histórias, os meus cenários.
Como adolescente a minha liberdade era limitadíssima, mesmo assim consegui ter um grupo de amigos. Amigos que me ensinaram a não ter medo de me dar com os outros, que me ensinaram que o Sol está sempre lá a brilhar ainda que por vezes algumas nuvens se interponham e não deixem cá chegar o seu calor e luz, amigos que... amigos que estavam lá, estavam realmente lá.
Fizemos promessas de adolescente, que seríamos amigos toda a vida, que no matter what seríamos um por todos e todos por um. Sim, éramos adolescentes.
Tornámo-nos adultos. Se calhar nem crescemos, apenas envelhecemos. Está cada um para seu lado.
Outras amizades se fizeram e se desfizeram, outras amizades se mantêm vivas quase como se estivessem ligadas à máquina.
O que sinto agora é que nunca deveria ter aprendido a confiar em ninguém. Nunca deveria ter deixado de ser aquela pessoa desconfiada que afugentava todos, que todos achavam arrogante por não saberem descortinar o medo. Ao menos parecia forte.
Agora nem pareço nem me sinto. Agora sou um trapo. Um trapo usado que ninguém deita fora porque nunca se sabe quando pode ser preciso. Um trapo que existe para ser usado para limpar o lixo da alma dos outros.
Um trapo.
Como adolescente a minha liberdade era limitadíssima, mesmo assim consegui ter um grupo de amigos. Amigos que me ensinaram a não ter medo de me dar com os outros, que me ensinaram que o Sol está sempre lá a brilhar ainda que por vezes algumas nuvens se interponham e não deixem cá chegar o seu calor e luz, amigos que... amigos que estavam lá, estavam realmente lá.
Fizemos promessas de adolescente, que seríamos amigos toda a vida, que no matter what seríamos um por todos e todos por um. Sim, éramos adolescentes.
Tornámo-nos adultos. Se calhar nem crescemos, apenas envelhecemos. Está cada um para seu lado.
Outras amizades se fizeram e se desfizeram, outras amizades se mantêm vivas quase como se estivessem ligadas à máquina.
O que sinto agora é que nunca deveria ter aprendido a confiar em ninguém. Nunca deveria ter deixado de ser aquela pessoa desconfiada que afugentava todos, que todos achavam arrogante por não saberem descortinar o medo. Ao menos parecia forte.
Agora nem pareço nem me sinto. Agora sou um trapo. Um trapo usado que ninguém deita fora porque nunca se sabe quando pode ser preciso. Um trapo que existe para ser usado para limpar o lixo da alma dos outros.
Um trapo.
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